Surpreendidos. Essa foi a palavra usada pelo secretário de estado David Covre, titular da pasta de infraestrutura, para definir como a gestão recebeu o anúncio, feito pelo prefeito de Macapá, Antônio Furlan, da interligação da orla do bairro Aturiá.
É que o governo do estado já havia anunciado o projeto da nova orla, orçado em R$ 29 milhões. “Vamos ter que devolver esse valor e a população vai ficar sem a nova orla”, considerou Covre.
O secretário disse ainda que o projeto foi discutido com a comunidade para dar um novo aspecto ao local. “Tratamos todos os detalhes com a população, do lazer à economia. A obra é grandiosa e já temos o recurso para fazê-la”, completou. Para o secretário, o anúncio da PMM inviabiliza a execução do projeto.
A ordem de serviço foi assinada pelo prefeito na quinta-feira, 8, para interligar a Avenida Equatorial à orla de Macapá, no valor de R$ 12 milhões.
Para salvar o Projeto da Nova Orla do Aturiá, o governador Clécio Luís entrou na Justiça e conseguiu decisão para paralisar as obras de interligação da PMM.
O estado alegou que já tem recursos disponíveis do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que retornariam se o projeto não tivesse andamento.
A juíza Liege Cristina de Vasconcelos determinou que a prefeitura não faça a interligação por atrapalhar a construção da orla.
Teria sido constatado que depois do governador anunciar a obra, o prefeito lançou outra intervenção no mesmo local, o que tornaria inviável o projeto do governo.
A decisão da juíza da 1ª Vara Cível de Fazenda Pública se apoiou no fato de que os danos causados pela não execução do projeto da nova orla, pelo estado, seriam maiores, principalmente na geração de empregos.